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INICIAÇÃO AO MINISTÉRIO DE PALHAÇOS CRISTÃOS

APOSTILA COMPLETA

O MINISTRO

 

Andando em fé. Na arte da palhaçaria não existem certezas absolutas como roteiros fechados e ensaios múltiplos. Saber o que se pode fazer faz parte do trabalho, saber o que fazer faz parte do espírito livre de um ministro que prefere obedecer. Dominar as técnicas do riso, as Gags, as cenas faz parte do saber como fazer. Ouvir da parte de Deus o seu desejo e usar as técnicas, gags, cenas pra ilustrar a missão, isso é ministro em ação.

Para isso é preciso ter uma estilo de vida pautado na fé em Cristo e no ouvido desobstruído que é primordial ao ministro na arte do palhaço cristão. Andar no escuro foi uma experiência difícil pra vocês, mas foi ilustrativo. Deu a vocês a noção de como é andar nesse ministério sem os carros e cavalos humanos e sim da crença absoluta que o Espírito Santo está dirigindo e conduzindo suas ações. Quem de nós saberia o que nesse momento as pessoas lá fora estão precisando de fato? Quem precisa de cura? De restauração? De alegria? Quem de nós pode saber o que levar a eles? Só as revelações do Espírito Santo nos dão a certeza de que não estamos fazendo algo pra aplacar nosso desejo de fazer o bem. Somente com ele nos inspirando e nós nos submetendo a ele é que poderemos levar a vontade de Deus às pessoas. Esse é o desafio àquele que deseja ser ministro. O processo criativo dos ministáculos e toda a pesquisa sobre o seu palhaço deve ter influência dessa caminhada lado a lado com o Espírito Santo.

 

Corremos riscos na estrada como fazer nossa vontade, levar o que julgamos ser o certo pra vida do outro, além de ser a reprodução de outro palhaço que não é a nossa verdade. O palhaço é verdade de ponta a ponta, seja essa a verdade que for, ela é o único caminho pra um ministério verdadeiro. Sua imagem vem depois, como vai aparecer ou vestir se descobre depois de saber quem é, como se comporta e onde deve estar. Essas respostas, não se encontram do lado de fora.

Do lado de dentro se encontra respostas como quem sou, como penso e como Deus conta comigo. E a alma de seu palhaço, responde boa parte disso. A alma de um palhaço tem três vertentes, Augusto “o tonto”, Segundo Augusto “um tonto moderado” e Branco “o dominante”.

 

A alma, Augusto ou Branco?

Após ser iniciado você já tem uma pista para onde ir. Você já vem da oficina com uma informação importante, já sabe que tipo (Alma) de comportamento seu palhaço tem. Essa pista é descoberta com a ajuda do mestre que inicia e ganha força quando estudada e compreendida.

Depois de saber se é um Augusto... Também chamado Tonto, no Brasil, Toni ou Tony. É extravagante, absurdo, pícaro, mentiroso, surpreendente, provocador. Representa a liberdade e a anarquia, o mundo infantil. Vestido de qualquer maneira, tem um característico nariz vermelho postiço e grandes sapatos. O augusto se diversifica em múltiplas categorias, algumas das quais se indicam a seguir. Diversas lendas coincidem a fazer nascer o personagem no Circo Renz de Berlim (1865), encarnado por um tal August, um moço de jeito enfadonho e beberrão — de onde vem o nariz vermelho. Grandes augustos: Chocolat (foto), Beby, Albert Fartellini, Porto, Rhum, Bario, Achille Zavatta, Charlie Rivel, Pio Nock, Carlo Colombaioni.

 

Ou se é um Branco... Também chamado Carabranca, Pierrot, Enfarinhado e Esperto ou Sério, no Brasil, Escada. Nascido na Inglaterra em meados do século XVIII (Giuseppe y Joe Grimaldi), costumava aparecer maquiado de branco e enfunado num elegante vestido brilhante. De aparência fria e lunar, representa a lei, a ordem, o mundo adulto, a repressão — características que não fazem senão realizar o protagonismo do Augusto. Grandes clowns brancos: Footit, Antonet (foto), François Fratellini, Pipo Sosman, René Revel, Alberto Vitali. Etimologia:do latim colonus, destripa-terrones, passando pelo inglês clod e clown.

 

E ainda o Segundo Augusto, também chamado Contraugusto e Trombo. Terceiro elemento de um trio de palhaços, que amplia as gags do primeiro Augusto. Muitas vezes é musical.

 

Essas são as três almas do picadeiro. O Augusto tonto, tolo e atrapalhado, representante da nossa humanidade e nossas imperfeições. O Segundo augusto, o inerte, resignado, seguidor de tudo. E o Branco, representante do falso controle, da limitada autoridade humana. Essas almas revelam o ser humano, a sociedade de uma forma verdadeira.

O passo seguinte é saber dentre os tipos de palhaços existentes, qual se parece com seu tipo de ser, em qual deles seu chamado se encaixa de forma a tornar seu palhaço fluente. Não adianta você tentar chegar a esse ponto, colhendo fatos exteriores o palhaço bonitinho que você viu, tem de ser aquele que você se identificar.

 

Eu cheguei ao tramp, olhando para minha trajetória até aqui. Filho de pais separados criado, pela minha avó, trabalho desde os 14 anos de idade. Coisas, nunca as tive e a maior parte da minha vida lutei pra sobreviver. Sou um dos muitos que lidam com a vida como se ele fosse uma batalha ininterrupta. Um Silva.

 

Olhando pra sociedade atual, essa figura do silva (tramp) tem transito nas ruas e praças das grandes metrópoles. Vejo-o como grande arma pra combater a invisibilidade social que acontece por exemplo com o grande número de pessoas que vivem nas ruas. Sem fala, sem voz, absorvidos pela cegueira relatada em... "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará." (Mateus 24:12)Esse tipo de palhaço se torna uma voz dos que não falam. Um verdadeiro arauto dos que vivem a margem e não deveriam ser vistos apenas como marginais.

Vagabundo ou Tramp é um tipo de augusto solitário, habitualmente silencioso e com pinceladas de marginalizado social. Os expoentes maiores desta especialidade são Clarlot no cinema e, na arena do circo, Joe Jackson (foto), Otto Griebling e Emmet Kelly. Outros tipos farão a conjugação de alma e tipo que vão ajudar você a entender como se vestir, se maquiar, andar e em que área da sociedade universal você se encaixa. Vamos a elas.

Excêntrico: evolução do personagem do Augusto, contraposto a este pela dignidade de sua sabedoria e pela inteligência que demonstra ao enfrentar as dificuldades que muitas vezes resolve com uma genialidade surpreendente. Apresenta-se sempre só e normalmente não fala. Como oponentes dramáticos substitutivos do clown, usa instrumentos musicais e outros objetos. Excêntricos famosos: Little Tich, Don Saunders, o último Grock (foto), o último Charlie Rivel, Avner, Tortell Poltrona, Howard Buten "Buffo".

 

"Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual;" (Colossenses 1:9)

A evolução. Isso é andar com Deus. O ministro precisa entender que tudo que o mundo também faz porém se for dom, sabemos que... "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação." (Tiago 1:17)

 

Quando passa pelo ministro (evoluído, que aceita toda novidade de vida que vem da parte de Cristo) o dom e todas as descobertas evoluem naturalmente. O Excêntrico é uma evolução do augusto, notem como a pesquisa evolui naturalmente e apenas ficar na superfície pode fazer com que você nunca descubra o verdadeiro potencial de seu palhaço. Muitos ficam apenas na descoberta inicial da alma, se for Augusto ou branco. Isso parece muito pois já te dá uma boa pista de como fazer porém, existe a evolução natural do dom, que é saber seu tipo, lugar na sociedade. Se você acha que ser apenas um augusto basta, será apenas um tonto, mais se você é um augusto excêntrico, se torna um augusto capaz de surpreender sem abrir a boca. Que apesar de mostrar nossa inabilidade, mostra também que nas mãos de Deus há sempre saídas... "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." (1 Coríntios 10:13)

 

Pesquise sobre os outros tipos de palhaços e construa um olhar a luz da bíblia sobre sua função social. Deixe o espírito guiar sua pesquisa e vai descobrir exatamente o que Deus deseja deles, que Deus abençoe vocês em suas buscas.

 

Bom já tocamos nos tipos de palhaço e esse é o segundo desafio que só se realiza ao deixar com que Espírito Santo te guie na pesquisa. Como me comporto na sociedade, que tipo de palhaço sou? Ao pesquisar os tipos, identifiquem as suas características nas deles, seja honesto e não faça isso olhando exterior mais o que ele representa internamente, socialmente e espiritualmente. Acima disse o porque de ser um Tramp. Minha história de vida, as dificuldades vividas e a forma como vivo socialmente me fazem um tramp. E você, que é?

 

 

O PALHAÇO

 

Mais que saber que roupa vestir, que perfume usar e qual penteado adotar, precisamos saber o que somos. O que essa embalagem, bonita, cheirosa arrumada carrega em seu interior. Nesse ministério, a busca por respostas como "Como parecer?", "O que vestir", "Como me portar?", geram respostas superficiais e respostas profundas. Você pode, por exemplo, buscar informações de roupas, sapatos, maquiagens. Truques, gags e incorporar ao seu ministério. Como estamos falando de uma arte que gera o riso, muitas das vezes os ministros se deixam levar pelo ilusionismo do aplauso instantâneo e automático.

Saber o porquê de ser você e para quê você foi levado ao caminho desse dom, é parte crucial do seu ministério. Por isso nessa fase trabalhamos o ministro e o palhaço, não de forma isolada, porém distintas para que com clareza todos possam perceber a evolução natural de um e de outro a cada passo que se dá rumo a respostas.

O ministro precisa ser como Rm 12.2, somos desafiados a ser, inconformados, transformadores e obedientes. Precisa ampliar seu olhar a respeito da fé. Desenvolver um ouvido sensível e desobstruído pela fé. Ter como base os conceitos de um ministério criado para ADORAR, EVANGELIZAR, RESTAURAR E ENSINAR. Apenas assim, acredito que a pesquisa rumo ao palhaço (ferramenta) vai ser além de no seu tempo natural, verdadeira, produtiva e transformadora.

TIPOS DE PALHAÇOS

 

Esses tipos refletem a diversidade de seres sociais e onde o evangelho deve chegar. Através desses tipos podemos perceber não apenas como se vestirão os palhaços, mas como e onde vão agir. Que setor social evangelizar e representar. Como seu discurso será afetado pelo seu tipo e muito mais coisas serão reveladas. Que tipo de palhaço é o seu? Dentre os tipos existentes de palhaço um tem as características do seu. Estude os tipos e deixe o Espírito te ajudar a achar o seu.

 

DEFINIÇÕES BREVES

Abaixo veremos primeiro as definições das almas. Branco, Augusto e segundo Augusto, não são tipos.


Branco: Também chamado Carabranca, Pierrot, Enfarinhado e Esperto ou Sério, no Brasil, Escada. Nascido na Inglaterra em meados do século XVIII (Giuseppe y Joe Grimaldi), costumava aparecer maquiado de branco e enfunado num elegante vestido brilhante. De aparência fria e lunar, representa a lei, a ordem, o mundo adulto, a repressão — características que não fazem senão realizar o protagonismo do Augusto. Grandes clowns brancos: Footit, Antonet (foto), François Fratellini, Pipo Sosman, René Revel, Alberto Vitali. Etimologia:do latim colonus, destripa-terrones, passando pelo inglês clod e clown.


Augusto: também chamado Tonto, no Brasil, Toni ou Tony. É extravagante, absurdo, pícaro, mentiroso, surpreendente, provocador. Representa a liberdade e a anarquia, o mundo infantil. Vestido de qualquer maneira, tem um característico nariz vermelho postiço e grandes sapatos. O augusto se diversifica em múltiplas categorias, algumas das quais se indicam a seguir. Diversas lendas coincidem a fazer nascer o personagem no Circo Renz de Berlim (1865), encarnado por um tal August, um moço de jeito enfadonho e beberrão — de onde vem o nariz vermelho. Grandes augustos: Chocolat (foto), Beby, Albert Fartellini, Porto, Rhum, Bario, Achille Zavatta, Charlie Rivel, Pio Nock, Carlo Colombaioni.


Segundo Augusto: também chamado Contraugusto e Trombo. Terceiro elemento de um trio de palhaços, que amplia as gags do primeiro Augusto. Muitas vezes é musical.

Agora veremos os tipos.


Excêntrico: evolução do personagem do Augusto, contraposto a este pela dignidade de sua sabedoria e pela inteligência que demonstra ao enfrentar as dificuldades que muitas vezes resolve com uma genialidade surpreendente. Apresenta-se sempre só e normalmente não fala. Como oponentes dramáticos substitutivos do clown, usa instrumentos musicais e outros objetos. Excêntricos famosos: Little Tich, Don Saunders, o último Grock, o último Charlie Rivel, Avner, Tortell Poltrona, Howard Buten "Buffo".


Vagabundo ou Tramp: tipo de augusto solitário, habitualmente silencioso e com pinceladas de marginalizado social. Os expoentes maiores desta especialidade são Clarlot no cinema e, na arena do circo, Joe Jackson (foto), Otto Griebling e Emmet Kelly.


Palhaço de Sarau: especialidade de palhaço (normalmente augusto) que atua nas entradas de barragem. É um descendente evoluído dos primeiros augustos, os quais, antes de formar parcerias com os clowns, se ocupavam de entreter o público para preencher o vazio entre os números de circo (montagem e desmontagem da gávea, instalação e retirada de aparatos, etc). São exemplos destacados: Tom Belling, Pinoccio, Popo, e a dupla Sosman y Gougou.
 

Mimo-clown: clown mímico, variedade de clown terno, habitualmente mudo. Apresenta-se só e, tendo os objetos como oponentes, demonstra uma grande quantidade de habilidades físicas ou musicais. Neste sentido, suas concepções de dramaturgia são paralelas às do augusto excêntrico. Em geral, o personagem lembra o Pierrot da Comédia Del’arte e é de natureza frágil e delicadamente poético. Expoentes estelares desta especialidade: Dimitri, Pic, Pierino.


Messié Loyal: diretor e apresentador de picadeiro, do qual é autoridade inapelável. É o companheiro mais luxuoso que pode ter uma trupe de palhaços. Loyals destacados através dos tempos: os franceses Sacha Houcke, o domador, Drena y Sergio. Atualmente, na Espanha, destaca-se Popey (filho de José Carrasco Popey) e, na Cataluña, o Dr. Soler. Etimologia: o apelativo vem de uma dinastia circense de inícios do século XIX (Théodore y Léopold Loyal foram os primeiros diretores e chefes de picadeiro da história do circo).
 

Bufão: Personagem cômica próxima do fanfarrão, do louco, do parvo e do truão, e que se destaca pela indecência e pelo comportamento desregrado. Este comportamento pode ser o exato reflexo da natureza truanesca do bufão ou pode ser pura dissimulação. Partilha com as personagens mais universais do bobo e do louco as deformações físicas que resultam no cômico de caráter. Também pode partilhar com o palhaço e o truão a maquiagem para se apresentar em palco e representar o papel de fanfarrão e bravateador. No teatro de Shakespeare, encontramos alguns bufões que ficaram célebres: Touchstone (As You Like It), Feste (Twelfth Night) e o louco de King Lear. (Texto de Carlos Ceia)

DEFINIÇÕES AMPLIADAS
 

Augusto (o palhaço de nariz vermelho)

 

Personagem: é o mais engraçado de todos os palhaços. Ele/ela é travesso, sociável e generoso nas palhaçadas. Suas ações são importantes, torpes, desajeitadas, deselegantes e inoportunas. Este palhaço não tem muito em comum com o Cara Branca, exceto a maquiagem e a roupa. Sua personalidade é a de um alvoroçador. Quando aparece com o Cara Branca, o Augusto (em alemão significa “tonto”), é o alvo das brincadeiras. Todavia, com o palhaço Tramp, converte-se num incitador com o controle da situação. (Avner)


Maquiagem: o Augusto tem a maquiagem altamente colorida com uma cor base no tom da pele (rosa, marrom claro, avermelhado) no rosto e no colo. Os olhos e a zona em torno da boca são normalmente cobertos de branco para produzir uma expressão de olhos grandes e para acentuar o desenho da boca. Os desenhos nos olhos e bocas, e ao redor, são geralmente pretos e vermelhos, porém são aceitáveis, com moderação, outras cores de recobrimento. Este palhaço vestirá normalmente um grande nariz cômico, apropriado ao tamanho do rosto. O Augusto sempre usará peruca, porém pode escolher entre uma grande variedade de estilos e cores para acentuar a roupa e o tom de pele.


Vestuário: o Augusto tem a maior variedade de desenhos de roupas para escolher, exceto que não usará o tradicional traje-jersey ou macacão do Cara Branca. O Augusto poderia usar uma jaqueta ou casaco curto, normal ou largo, com ou sem cauda, ou uma seleção de quadrados coloridos, riscos, estampas, assim como cores lisas. Normalmente chamado “o pesadelo do alfaiate”, o traje tem cores e padrões que vão complementar a aparência geral do palhaço, sejam ou não cores combinadas. Os tecidos teatrais ou as lantejoulas não são apropriados nos trajes de Augusto. Este palhaço é normalmente um notório brincalhão (de má fama) e pode necessitar um montão de bolsos para levar truques e brincadeiras. O traje pode ser complementado com acessórios extravagantes, como gravatas grandes ou pequenas, suspensórios e sapatos cômicos de muitos estilos e cores. Dentre muitas possibilidades, chapéus, bonés, cartolas e perucas, de variadas cores mas sempre brilhantes, realçarão o caráter do Augusto, assim como luvas brancas ou coloridas. A roupa da palhaça Augusta não varia muito da que usa a palhaça Cara Branca, quanto ao estilo, porém permanece a tradição da combinação de cores, brilhos, berloques e cintas. Mesmo usando tecidos de algodão, o aspecto será sempre elegante e belo. A palhaça Augusta pode usar cores que não combinam e estar totalmente desconjuntada, porém pode também preferir ser uma palhaça bela. Isto é aceitável. Todavia, o Augusto nunca deve usar lantejoulas e brilhos ou sedas e tecidos teatrais. Estes pertencem exclusivamente às belezas do Cara Branca. A Augusta pode escolher ser incompetente, gaguejante ou ter uma personalidade cômica, mais ou menos como o palhaço Augusto.


Mais sobre o Augusto, de uma outra fonte: o Augusto é o palhaço por excelência; é o brincalhão, agitador. É o mais cômico de todos os palhaços; suas ações são mais selvagens, mais diretas que as dos outros tipos. O Augusto se conduz com mais e melhores brincadeiras, quando aparece com um Cara Branca, ele é o alvo das piadas. Normalmente usa um nariz de bola, porém há muitas exceções. Quase sempre usa peruca — geralmente vermelha, amarela ou laranja. A peruca pode ser completa ou só para a calva (da cor da sua pele) com uma franja dos lados e na nuca. O cabelo pode ser liso ou ondulado. Seu chapéu pode ser muito pequeno, às vezes se assenta sobre a careca. Às vezes usa bonés ou gorros. O Augusto original vestia uma roupa na qual escondia brincadeiras contra outros palhaços que, muitas vezes, se voltavam contra ele. O traje tinha calças folgadas para facilitar cambalhotas e acrobacias, camisa muito grande ou muito pequena. Cada peça de roupa (calça, camisa, casaco, gravata e chapéu) tinha um desenho diferente, isto é, riscos e franjas verticais, horizontais, diagonais, quadrados escoceses, etc. As cores de cada peça eram vivas e se chocavam o máximo possível com as das demais peças. Cada parte do traje estava mal ajustado em tamanho, ou muito largas ou muito pequenas. Nos últimos anos (especialmente em competição) o traje do Augusto se vai tornando mais parecido com o do Cara Branca grotesco. Ainda que vários elementos de sua roupa possam ainda não ser sob medida, seus trajes estão mais ajustados e coordenados, às vezes muito elaborados. Contudo parece mais uma peça de espetáculo que um palhaço tonto.

Clowns de Cara Branca

Há três tipos de clowns de cara branca, o Clássico Europeu, o Engomado e o Grotesco. Os clowns Cara Branca são os que estão no comando e representam o poder ou a autoridade.


Carabranca (Clássico) Europeu: muitas vezes chamado de Pierrot. Um clown elegante, artístico, colorido, inteligente e alegre. Sua atuação é supremamente artística e com muitas habilidades, porém com um estilo cômico dramático.


Maquiagem: toda a pele que vemos está coberta de maquiagem branca. Mínimos perfis de cor ou de purpurina são utilizados para exagerar as características dos olhos, nariz e boca. Pode usar um gorro grudado à cabeça em vez de uma peruca colorida. O Carabranca Europeu geralmente não leva nariz cômico, nem pestanas falsas nem orelhas grandes.


Vestuário: considerado o palhaço mais belo de todos os clowns, veste-se com o tradicional macacão ou conjunto de duas peças integradas, branco ou de um tecido de cor que encaixa com o clássico personagem do Pierrot. Os estilos podem variar, porém, em geral, são folgados e feitos sob medida e podem ter um colarinho destacável. A túnica ou camisa é curta, média ou longa e com mangas largas e compridas, retas e bem acabadas. Os botões ou pompons e a gola frisada têm contraste de cores. Calças retas ou não. O chapéu do palhaço deve combinar com seu personagem, pode ser cônico (comprido ou curto), plano ou achatado, ou o típico chapéu de "Pagliacci". As luvas são brancas ou contrastantes e lhe cobrem as mãos e os punhos. Os sapatos são de ballet ou baile, brilhantes e de bico fino.


Carabranca "Engomado": é o aristocrata dos clowns. Assim como o Europeu, é um clown elegante, artístico, colorido, inteligente e alegre. Quando atua com outros palhaços ele é o chefe. Atua muito artística e habilidosamente, com estilo cômico e dramático. Quando atua com o Augusto ou com o Vagabundo, é ele quem manda, organizando as rotinas, dando mais do que recebendo tortaços, pontapés e pratos de nata na cara. É mais engraçado que o Carabranca Europeu, porém mais reservado que o Augusto.


Maquiagem: toda a pele que vemos está coberta de maquiagem branca. Mínimos perfis de cor ou de purpurina são utilizados para exagerar as características dos olhos, nariz e boca. Usa diferentes estilos e cores de perucas.


Vestuário: o traje é feito sob medida. Usa tecidos teatrais (brilhantes, com pérolas, etc), acetinados com lantejoulas e falsos brilhantes. O traje mais comum do Cara Branca Engomado é o macacão de jersey com ombreiras. Todavia, uma roupa de duas peças ou estilo smoking é aceitável também. O traje, acessórios incluídos, deve ser de cores que combinem. Os sapatos podem ser grandes ou pequenos, porem simples. Cartola e luvas.


(Comedia) Cara Branca Grotesco: se o Cara Branca Engomado é o palhaço mais tradicional, o Cara Branca Grotesco, também conhecido como o Cara Branca Cômico, é hoje em dia o palhaço Cara Branca mais comum. Ele é um pouco menos artístico e um pouco mais parecido em espírito com o Augusto. Quando atua junto ao Augusto ou ao Vagabundo este palhaço manter-se-á no poder, estabelecendo a rotina, lançando a torta em vez de receber, esbofeteando ou dando pontapés. Ainda que mais engraçado que o Engomado, este personagem é um pouco mais reservado que o travesso e fraterno Augusto.


Maquiagem: assim como no Engomado, toda a pele visível do rosto, colo e orelhas estão cobertos de maquiagem branca. O colorido e o desenho das feições do rosto é que o diferenciam do desenho clássico. Enquanto o desenho do Engomado se mantém propositalmente simples, o desenho do rosto do Grotesco pode incluir longas pestanas falsas, uma boca mais rasgada, nariz de palhaço e outros elementos. O nariz\ pode ser muito grande ou muito pequeno. Alguns destes elementos podem ser pretos, também são comuns os brilhos e resplendores. Usa-se peruca de estilos e cores variadas em lugar da cartola. A cor da peruca pode combinar com algum detalhe da roupa.
 

Vestuário: pode-se usar o traje tradicional, mas o Cara Branca Grotesco também pode usar calças e camisas brilhantes, metálicas, trajes e sapatos cômicos. As roupas são mais luxuosas e melhor combinadas que as do Augusto. Seu estômago pode sobressair. Luvas brancas ou coloridas. A palhaça cara Branca Grotesca é semelhante à Augusta; persiste a tradição quanto à coordenação de cores, o aspecto geral será elegante e belo.
 

 

Tramp/Vagabundo/Sem-teto


Personagem: há algumas variações neste tipo. O clássico vagabundo representado por Emmet Kelly e Otto Griebling no circo da fama é o triste, oprimido e abandonado personagem que não tem nada e sabe que nunca terá nada. Por natureza, será um solitário, o que se reflete em sua determinação em estar em silêncio, sem falar com ninguém, exceto com seus semelhantes. Suas formas de expressar-se e seus movimentos pesados, arrastando os pés, refletem sua vida dura. O vagabundo, elegante ou feliz homem de negócios, colegial ou playboy que, farto de sua vida, sai da sociedade pela paixão de viajar. Ele é o rei da estrada, feliz com o que tem e não espera mais. Seu caráter pode tomar algumas das características do Augusto. Este tipo foi descrito por Red Skelton em seu personagem “Freddie the Freeloader”. Considerado o único palhaço americano verdadeiro, alguns acreditam que este personagem se desenvolveu na depressão dos anos 30, quando as pessoas viajavam de trem buscando emprego. Outras referências históricas indicam que a maquiagem do vagabundo volta aos espetáculos de variedades e trovadores dos anos 1800 e princípios de 1900. Independente do tipo Tramp/Vagabundo, ele é o alvo das brincadeiras e será quem recebe a torta, a bofetada, o pontapé do Cara Branca ou do Augusto. A “Bag Lady” ou a Velha do Saco, ou a Mulher da Mala, é a versão feminina do Vagabundo.


Maquiagem: a maquiagem representa a fuligem depositada na cara, procedente dos trens a carvão, referência aos criadores do personagem. As áreas da boca e dos olhos se limpam da fuligem para que possam ver e comer. O branco se usa nos olhos e na boca para exagerar este processo de limpeza. O alto do rosto é uma mistura de tons de cores da pele. A linha da barba é negra ou estará sombreada de cinza escuro, para parecer barba e fuligem. Usa-se um nariz vermelho. Um pequeno sombreado vermelho nas bochechas e na testa pode ajudar a criar o aspecto de queimado de sol. A diferença entre os dois tipos de personagem se mostra comumente mediante a forma das sobrancelhas e da boca, ambas acima ou abaixo para mostrar alegria ou tristeza.
 

Vestuário: normalmente para o palhaço masculino um traje escuro, terno, fraque ou somente uma camisa e calças feitos para parecerem velhos e usados. Para a Bag Lady, um velho e desgastado vestido ou casacão. estes podem estar abundantemente remendados com trapos e outros materiais, costurados com pontos desiguais ou mal-costurados. Um chapéu escuro e maltratado, sapatos e meias esfarrapados, camisas e gravatas desgastadas exageram o personagem. As luvas são geralmente velhas e furadas. Para manter o estado de desempregado do vagabundo, este personagem não costuma usar relógios, anéis e cinturões, meias ou sapatos novos.


Mais sobre o vagabundo de outra fonte: o personagem Tramp/Hobo ou Vagabundo/Sem-Teto é o único palhaço realmente Norte Americano. Este personagem nasceu dos vagabundos que viajavam nos trens de carga ao longo do país buscando trabalho. Ainda que o Vagabundo e o Sem-Teto sejam considerados em uma única categoria, cada um é único. As principais diferenças entre estas subcategorias residem nas áreas de atitudes e roupas.

 

O Vagabundo acredita que o mundo lhe deve a vida, que sua condição é culpa dos outros. Quer (e espera) que todos sintam pena dele. Faz todo o possível para evitar o trabalho. Este cabeludo vagabundo é o indivíduo para quem nada vai bem. Sua cara e pescoço são escurecidos para que pareçam sujos e barbudos. Acrescenta-se vermelho à linha da barba para que a cara pareça queimada pelo sol e a boca e os olhos são brancos onde o vagabundo teria limpado a fuligem com as mãos. As sobrancelhas devem ser pequenas e com um aspecto preocupado. Pode ter uma gota de glicerina ou material similar para aparentar que tem uma lágrima correndo por sua bochecha. sua expressão é, geralmente, triste ou lacrimosa. Muitas vezes os vagabundos usam seu próprio cabelo revolvido para parecer desgrenhado. Se usar peruca, deve ser negra ou de tons mais pálidos. O Vagabundo anda desarrumado, porém limpo. sua roupa é, geralmente, um traje de duas ou três peças extremamente gastas e esfarrapadas. Os rasgões podem ser deixados abertos, ou mal remendados com farrapos e grandes retalhos. A cor é negra ou escura, pode ser marrom ou cinza. A camisa, se houver, pode ser escura ou discordante, qualquer cor que não seja o branco, muito usada, esburacada, puída, com mangas largas, ou uma camisa de trabalho desgastada. A gravata não deve ser espalhafatosa, deveria ser uma norma que esteja amarfanhada. Pode-se usar uma corda como cinturão ou suspensório.
 

O Sem-Teto quer ser um sem-teto. Ele pode estar triste, porém certamente não tem onde cair morto. Muitas vezes parece ser feliz. Um Hobo normalmente não pedirá uma esmola, preferindo trabalhar por ela. Terá um trabalho, porém não por muito tempo porque quer mudar para outro lugar. Seu rosto se maquia como o do vagabundo, exceto na expressão. Tende a rir e seus olhos são maiores, mais despertos, abertos e felizes que os olhos do Vagabundo. A roupa também é semelhante, mas pode ter cores mais vivas em várias partes. Sua camisa pode ser de uma cor brilhante, como muitos de seus remendos. Sapatos gastos gomo os do Vagabundo. A categoria Tramp/Hobo ou vagabundo/Sem-Teto é a única em que se permite o uso de qualquer tipo de luvas. Todavia, se usar luvas devem parecer sujas, manchadas, furadas. O efeito global da maquiagem, vestimenta e atuação deve complementar o personagem representado. Palhaços famosos do tipo Vagabundo/Sem-Teto são, entre outros: Emmett Kelly, Sr. Red Skelton e Otto Griebling.
 

 

Bufão – o bobo da corte

 

Bufões eram os "funcionários" da monarquia, contratados para fazer reis e rainhas rirem. Podiam criticar o Rei sem correr riscos. O bobo teve origem no império romano-bizantino. No fim das cruzadas tornou-se figura comum nas cortes européias. O desaparecimento ocorreu durante o século XVII. Existem sinônimos: jogral, bufão, truão, curinga, palhaço, pierrot, ou, simplesmente, bobo. Vestiam uniformes espalhafatosos, com muita cor e chapéus bizarros com sinos e guizos amarrados. O bobo da corte divertia o Rei e a corte. Declamava poesias, dançava, tocava algum instrumento e era o cerimoniário das festas. De maneira geral era inteligente, atrevido e sagaz. Dizia o que o povo gostaria de dizer ao Rei. Com ironia mostrava as duas faces da realidade, revelando as discordâncias íntimas e expondo as ambições do Rei. Muitas vezes se tratava de um deficiente físico (aleijado, corcunda), e em algumas se tratava de um anão. Houve na História casos de bobos da corte que se envolveram com integrantes da família real. E até um caso que acabou em tragédia, no século XVI na Espanha, quando o bobo da corte foi assassinado depois de se envolver com a princesa. Entre os antigos, para divertimento da classe mais abastada e poderosa, esses indivíduos pitorescos eram tão procurados que foi necessário instituir um mercado especial para esse gênero de negócios, um mercado de bobos. Na hora das refeições, apos as dançarinas, os macacos incríveis e os tocadores de harpa, o "bobo", vindo da Ásia Menor ou da Pérsia, fazia sua entrada ridícula, saudado pelo riso dos convivas. Na Idade Média, não havia um só castelo em que a silhueta caricatural do bobo não surgisse entre as rendas e os brocados. As cortes reais e as cortes feudais lutavam pela posse do bobo mais feio, mais deformado e emissários eram enviados aos quatro cantos do mundo conhecido em busca desses fenômenos humanos, para distração dos poderosos. Bobos célebres: "Dom Bibas" da corte do conde Dom Henrique, do final do séc.XI; Mitton e Thévenin de Saint Leger na corte de Carlos V; Triboulet, o mais famoso, das cortes de Luís XII e Francisco I, conhecido como o Bobo do Rei e o Rei dos Bobos. Na Inglaterra em 1597, Shakespeare criou John Falstaff, o bufão do príncipe Harry, filho do Rei Henry III. Nas cortes espanholas, os bufões eram honrados e muito influentes. O Rei Felipe II andava acompanhado por vários bufões. O pintor Antônio Moro pintou "Pejeron", truão favorito do conde de Benavente. Cristóbal de Pernia era o bobo mais afamado no tempo do rei Felipe IV. Em época aproximada, em torno de 1630, Velásquez pintou com perfeição o "Bufão Calabazas.
 

Clown de Personagem

Um clown de personagem é o que identificamos com uma profissão (bombeiro, marinheiro, médico, vaqueiro, polícia, menino, personagem de um conto, etc...). Segundo os puristas não se deveria considerar clown de personagem a personagens como Charlie Chaplin, Buster Keaton, Laurel e Hardy, etc, ainda que segundo o autor deste texto o sejam. Também segundo os puristas versões de personagens de desenhos animados, cães, gatos, etc, não deveriam ser considerados clowns. Não existem normas quanto ao vestuário desta categoria.


(Material extraído do site CLOWNPLANET (http://www.clownplanet.com)

traduzido do espanhol e ilustrado pelo Maestro Cantai

especialmente para o MUNDOCLOWN).
MUNDOCLOWN desde 10/12/2005

Alguns direitos reservados sob Licença Creative Commons

ARQUÉTIPO DA TERRA X ARQUÉTIPO DO CÉU

O arquétipo da terra (o palhaço para o mundo) tem muitas características. Porém uma delas tem sido o pilar da diferença entre o palhaço para o mundo e o palhaço para Deus. O primeiro foi criado da tristeza, da deformidade de seus corpos, da velhice (segundo o surgimento do palhaço na idade média). Graças a Deus, essas criaturas não se deixaram vencer por essas dificuldades e transformaram todas essas coisas em uma oportunidade de, novamente, fazerem parte da sociedade em que viviam. Coxos, mancos e mutilados, agora faziam de suas mazelas, um bom motivo para sorrir e fazer sorrir. Essas pessoas podiam nem perceber, mas não se pode deixar de observar o toque da mão maravilhosa do maior criador de arquétipos que existe, Deus. O único que pode transformar desgraça em graça superabundante. Mas a fôrma onde foi forjado esse arquétipo é bem clara. Foi na tristeza gerada por uma pequena morte, seja num defeito físico ou na incapacidade de fazer o que se fazia antes. Como se isso fosse o que de melhor se fizesse, ou ainda, como se fosse possível saber quando termina nossa carreira nessa vida! Assim nasceu o arquétipo da terra.

O arquétipo do céu (o palhaço para Deus), também tem muitas características, mas a mais marcante é, sem dúvida, que ele foi forjado na descoberta da verdadeira alegria de ser quem é. Não precisou morrer física nem cronologicamente, mesmo tendo morrido e ressuscitado em Cristo Jesus, para aprender que é importante e que tem um lugar para que ele seja, e se sinta, útil na sociedade. Para ele, a descoberta de Jesus e, consequentemente de sua graça, foi a caminhada rumo ao molde do arquétipo para Deus. Estes homens e mulheres sabem que a alegria independe de qualquer coisa quando ela (a alegria) vem do Sr. Jesus. Esse arquétipo também passou por morte. Porém não foi física nem cronológica, mas de caráter. O velho homem, a velha mulher, se foi, morreram! Agora novas criaturas são. Dotados de uma alegria e de uma paz que excedem o entendimento humano. Eles semeiam com amor e colhe com louvor o mais belo espetáculo produzido pelo ser humano, o sorriso. Essa é a característica mais marcante de todas!

O homem segundo o coração de DEUS era um clown!

 

Davi era o homem segundo o coração de DEUS, e esse homem viveu celebrando como criança. Na frente da arca saltou e dançou mesmo sendo visto como ridículo por Mical, sua esposa (2Samuel 6.16). Fez um exercito inteiro gargalhar com sua ousadia e coragem ao desafiar o gigante Golias (1Samuel 17.1 ao 46). Como um arauto proclamou a paz na vida do Rei Saul com sua harpa (1Samuel 16.23). E fez tudo isso sem perder sua essência de pastor de ovelhas, de camponês, um clown, um clod.

 

(Clown se traduz por palhaço, mas as duas palavras têm origens diferentes. Clown, no inglês, segundo Ruiz (1987), está ligado ao termo camponês “clod”, ao rústico, à terra.)

(Salmos 30:5) - Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

(Salmos 30:11) - Tornaste o meu pranto em folguedo; desataste o meu pano de saco, e me cingiste de alegria,

(Salmos 43:4) - Então irei ao altar de Deus, a Deus, que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.

(Salmos 45:7) - Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.

(Salmos 51:8) - Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.

(Salmos 51:12) - Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.

(Salmos 59:16) - Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua misericórdia; porquanto tu foste o meu alto refúgio, e proteção no dia da minha angústia.

(Salmos 65:12) - Destilam sobre os pastos do deserto, e os outeiros os cingem de alegria.

(Salmos 68:3) - Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria.

(Salmos 106:5) - Para que eu veja os bens de teus escolhidos, para que eu me alegre com a alegria da tua nação, para que me glorie com a tua herança.

(Salmos 137:6) - Se me não lembrar de ti, apegue-se-me a língua ao meu paladar; se não preferir Jerusalém à minha maior alegria.


(Existem 21 referências à alegria de Davi no livro de salmos)

 

Estudo Cia Trinos. Bases fortes. Rogério Rodrigues 02/12/14.

 

 

Relativismo um conceito que desvia do caminho Cristocêntrico

 

O QUE É?

 

relativismo é uma doutrina que prega que algo é relativo, contrário de uma ideia absoluta, categórica. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Relativismo)

 

Assim podemos concluir que o Relativismo é um termo filosófico que se baseia na relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Todo ponto de vista é válido.

 

Ao escutar alguns ministros falarem da arte e explicarem o teatro em worshops, percebo uma fala perigosa que com base nas filosofias estudadas nos cursos, faculdades e literaturas teatrais, coloca os ministros em cheque mate.

 

“Não existe teatro cristão e teatro secular, tudo é teatro.”

 

Essa é uma das frases onde o relativismo ocidental cultural tenta colocar o sagrado e profano no mesmo degrau. Seremos chamados de ETNOCÊNTRICOS. Nós, ministros, dentro de uma explicação filosófica, pelo como pensamos seríamos colocados como os, ETNOCÊNTRICOS.

 

Etnocentrismo - é  conceito antropológico que ocorre quando um determinado individuo ou grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se melhor ou pior, seja por causa de sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias, por sua forma de se vestir, ou até mesmo pela sua cultura. Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico a considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros. O facto de que o ser humano vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.  tendência do ser humano nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente ou não está de acordo com suas tendências, costumes e hábitos. Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época; este termo é, portanto, etimologicamente semelhante ao selvagem na sociedade ocidental. O costume de discriminar os que são diferentes, porque pertencem a outro grupo, pode ser encontrado dentro de uma sociedade. Agressões verbais, e até físicas, praticadas contra os estranhos que se arriscam em determinados bairros periféricos de nossas grandes cidades é um dos exemplos. Incluem-se aqui as pessoas que observam as outras culturas em função da sua própria cultura, tomando-a como padrão para valorizar e hierarquizar as restantes. Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

 

Mas, na verdade, a defesa de nossa fé, passa por conhecer os caminhos por onde ela pode ser atacada e o conceito do relativismo no dom das artes tem sido a forma como o nosso inimigo a mantém refém. Ele nada cria a não ser suas sofismas e elas ganham forças nos estudantes de arte, nas faculdades, cursos, oficina, workshop e encontros por onde o ensinamento baseado nessas linhas de pensamentos, são difundidos e fomentados. No exemplo mostrado a cima, vemos uma arte uniforme, conformada com toda carga filosófica relativista dessas linhas de pensamento. Porém os ministros em Cristo, devem saber o que a bíblia diz sobre o assunto. Quando digo que a arte é um dom, digo isso por que, sendo boa a prática da arte, sendo contribuidora de saberes e historicamente a forma de comunicação mais ampla da humanidade, ela é o que Tiago 1,17 diz: "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação."
 

Não me preocupo com as nomenclaturas mais em respeito a todos e por que devo amar o meu próximo como a mim mesmo devo ter uma justificativa sobre minha posição. Ao não achar que o relativismo explique minha forma de ver a arte (dom), devo, como ministro, buscar na Bíblia os argumentos que solidificarão o meu ministério e darão testemunho de Cristo no meu fazer.

 

Primeiro devemos lembrar que o motivo pelo qual não aceitamos que tudo é tudo, que teatro cristão e teatro secular é a mesma coisa, vem de:

 

Rm 12.2 "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."
 

Não ser conformado segundo a tradução do dicionário grego é o seguinte:

 

consistente accordant ('simfonos) do sexo masculino

line ('simfoni) do sexo feminino

pacto ('simfono) neutro adjetivo

 

1. tendo a mesma opinião Concordo com

2. proporcional está em conformidade com as disposições

Copyright © 2013 K Dictionaries Ltd.

 

 

Na Bíblia de estudo Palavra Grego e Hebraico, temos mais uma definição e que nos leva a um olhar ainda mais profundo, da advertência feita no versículo. “Não vos conformeis...” na página 2416, encontramos uma explicação grega da palavra conformeis. E diz que... Moldar de modo semelhante, i e., Está em conformidade com mesmo padrão...

 

A palavra conformar no grego segundo dicionário do Google, entre outros sinônimos diz que significa... RESIGNAR.

Não vos conformeis! Não ter a mesma opinião! Não ter a mesma semelhança! Não aceitar os mesmos padrões! E não ser resignado! Só na advertência inicial temos todos esses avisos importantes para observar. Mais adiante lemos outra advertência importante... Mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento...

 

Transformar e Renovar

 

Transformar é um dos caminhos de restauração do dom. O dom como vemos hoje sendo usado até mesmo pelos cristãos está adulterado pelo relativismo. Só através de uma pesquisa verdadeira a luz da Bíblia, poderemos chegar a conclusões inovadoras sobre os caminhos do dom e claro renovar o que hoje é difundido pelo meio secular. Como já disse outras vezes acredito nos pilares que tornam um ministério efetivo e completo. São eles ADORAÇÃO, EVANGELISMO, RESTAURAÇÃO E ENSINO. Nesse caso, trabalhar para transformar é também trabalhar para restaurar.

 

Renovar. O renovo é aquilo que nasce da derrubada de algo. Não é possível haver renovo se algo não for derrubado antes. Como nós ministros voltamos as mão do olheiro, a arte precisa através de nós voltar também. Pra isso vamos ter de derrubar conceitos como o relativismo e estudar, pesquisar e fomentar a boa e perfeita vontade de Deus para o nosso dom. Não podemos, estudar com eles e resignados aceitar a explicação relativista dos nossos dons. Aliás os filósofos entre eles discutiam o relativismo e havia da parte de alguns, a certeza que o relativismo não existia, ele mesmo se desabonava.

Na filosofia moderna o relativismo por vezes assume a denominação de "relativismo cético", relação feita com sua crença na impossibilidade do pensador ou qualquer ser humano chegar a uma verdade objetiva, muito menos absoluta.

Nietzsche na sua obra "A Gaia Ciência", no tópico intitulado "Nosso novo infinito", assim afirma: "o mundo para nós tornou-se novamente infinito no sentido de que não podemos negar a possibilidade de se prestar a uma infinidade de interpretações"; frase que Michel Foucault objeta: "Se a interpretação nunca se pode completar, é porque simplesmente não há nada a interpretar...pois, no fundo, tudo já é interpretação".

No diálogo platônico "Teeteto", atribui-se a Protágoras uma concepção relativista do conhecimento, por haver afirmado que "o homem é a medida de todas as coisas". Nesse caso, cada um de nós é, por assim dizer, o juiz daquilo que é e daquilo que não é. Sócrates levanta então uma série de objeções contra essa forma radical de relativismo subjetivista, tentando mostrar a incoerência interna da suposição de que o que parece verdadeiro a alguém é verdadeiro para ele ou ela. Se são verdadeiras todas as opiniões mantidas por qualquer pessoa, então também é preciso reconhecer a verdade da opinião do oponente de Protágoras que considera que o relativismo é falso. Ou seja, se o relativismo é verdadeiro, então ele é falso (desde que alguém o considere falso). Haveria, por assim dizer, uma auto-refutação (ou uma autodestruição) do relativismo cognitivo.

 

Como cristão cremos no alfa e no Omega, na verdade e na vida e num Deus que vive e é presente. Renovador e criador de todas as coisas. E que através do nosso dom, vai tomar o lugar central na vida daqueles que nos assistir.

A honra e a glória sejam dadas o nosso Rei Jesus pelos séculos dos séculos amém.

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